O Sangue Profano

O Sangue Profano
Meu Sangue profano, prove-o...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De tão seca e feia estava a folha
Que se retorcia, se escondia
Na sua frente, a folha verde
Em contraste à sua pele escura
Pele marrom sem tecitura
Enquanto o verde se erguia
Clara e cheia de magia
A marrom se decaia
Quase morta e sem energia

Enquanto um pássaro voava
Sobre a flor que ali estava
O seu nectar o sugava
E a flor seca e amargurada
Vendo aquilo esbravejada
Muito triste a coitada
Pôs-se a chorar, a chorar
E chorando sobre a mata
Descuidada com sua lágrima
Que deixou-a cair, a cair
E caindo sobre a mata
Sobre o verde que ali estava
Fez o verde se erguer ainda mais
E enquanto o ver se erguia
Cheio de vida e magia
A marrom se decaia

E enquanto o morrom se decaia
Mais chorava a pobrezinha
E a verde tanto ria
Da tragédia da menina
Da maldição que ela vivia

Mas, ela não esperava
Que um dia ela seria
Uma folha pobrezinha
Pois enquanto ela ria
O tempo ali passava
E deixava ela feinha
Foi ficando marromzinha
Pois o verde já se ia
Com o tempo que fugia
E já não se ria, ia
Pois agora ela chorava
Já que agora ela aprendia
A lição que ali estava
A lição que lhe servia

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